No dia 21 de janeiro o Ogan Robson Arantes esteve em Porto Alegre para participação da III Marcha Contra Intolerância Religiosa. A Marcha foi organizada por Baba Diba de Iyemonja coordenador da Renafro - SAÚDE RS e Coordenador da Cedrab -RS. O evento foi marcado por um seminário, a marcha pelas ruas de Porto Alegre a entrega da Carta de Reivindicações do povo de terreiro no gabinete do Governador do Estado.
A comitiva de representantes da religião foi recebida pelo chefe de gabinete Vincius We no Palácio do Governo. Entre as várias reivindicações foi apontado a questão da saúde da população. Ponto importante para a comunidade de religião de matriz africana. Mesmo com um grande número de terreiros o Estado ainda apresenta de forma constante situações graves de intolerância. Os representantes da comitiva deram ênfase que o povo ainda vive em senzala. Afirmaram que isso fica visível quando se pensa em atendimento na área da saúde, quando o assunto é política e quando se pauta a discussão de seus direitos.
Outro ponto destacado pela comitiva foi as restrições que sofrem a comunidade principalmente na área de educação, em ambientes institucionais. Quando uma criança se declara adepta de religião de matriz africana ela sofre preconceito no espaço escolar. Uma diretora que seja evangélica ligada à áreas mais radicais da neopetencostal, por exemplo, adeptos mais radicais de religião discriminam as crianças, não permitindo que essas exponham sua religiosidade, afirmou os membros da comitiva ao chefe de gabinete.
Outro ponto destacado é com referência aos jovens que devem ficar no batuque durante à noite e se chegam com sono na escola, sua religiosidade e a necessidade da atividade não é levado em conta.
O chefe de gabinete afirmou que é preciso uma maior pressão do povo de santo no governo, pois governos só funcionam efetivamente sob pressão rígida da população. Afirmou que existem barreiras economicas, juridicas, legislativas mas há necessiade de estar sempre presente pressionando. Vinicius afirma que é preciso pautar o governador nas temáticas da causa, colocar na agenda do governo para que este participe das discussões dos grandes eventos em que se discuta as dificuldades do povo de terreiro.
O dia 21 de janeiro foi escolhido para ser o momento de refletir sobre a intolerância em decorrência do episodio em que Mãe Gilda de Ogum do asé Abassá de Ogum morreu vitima de um enfarte.
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| Abertura do Seminário com participação de representantes de Entidades Negras e representante da prefeitura de Porto Alegre (foto Eli Antonelli) |
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| Entrega de Carta ao chefe de gabinete do governador do Rio Grande do Sul |
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| A participação das crianças marcou a caminhada pelas ruas de Porto Alegre mostrando a cara da nova geração do candomblé |
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| Ogan Robson durante a caminhada nas ruas de Porto Alegre |
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| Final da Marcha à beira do Rio Guaiba |
