ASSOCIAÇÃO DE OGANS PARTICIPA DO PROGRAMA TARDE TOTAL

A Associação de Ogans de Londrina e Região realiza no próximo dia 22 de setembro, às 19h, o primeiro prêmio destinado a babalorixás, yalorixás, ekedis e ogans da Londrina e região. A iniciativa visa valorizar representantes da religião que com sua dedicação esforçam-se para levar a fé, combater situações de intolerância religiosa e fortalecer as comunidades de terreiro. Confirme sua presença no e-mail associacaodeogans@gmail.com

Confira o documentário "Brincando com os deuses"

Assista o documentário "Brincando com os deuses" mostrando crianças no candomblé.

Veja as imagens do último encontro em Cascavel. Os oficineiros da Associação de Ogans apresentam oficinas de maculelê e de ritmos.

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sábado, 29 de outubro de 2011

ASSOCIAÇÃO DE OGANS DE LONDRINA E REGIÃO PROMOVE AÇÕES PARA FORTALECER AS RELIGIÕES DE MATRIZ AFRICANA

Textos e fotos: Eli Antonelli
Inserção em vários espaços, culturais, políticos, educacional sempre articulado as necessidades dos terreiros para contribuição do fortalecimento das religiões.

Em 2009, um grupo de ogans de Londrina e de outras cidades das imediações decidiram reunir-se para criar uma Associação. A ideia era uma entidade que pudesse realizar ações em prol das comunidades de terreiro considerando que existia cerca de 450 terreiros na região. A proposta foi muito bem aceita e criou-se a Associação de Ogans de Londrina e Região composta por seus representantes, entre eles, o presidente Ogan Carlos Augusto de Souza (Alabge Omim leuade – Ogan Carlos de Oxum) e o vice-presidente Robson Borges Arantes (Ogan Oloye Asogun – Ogan Robson de Ogun). 
Com quase dois anos de atuação, a Associação já realizou inúmeras ações como o I Seminário de Direitos Sacerdotais, com objetivo de apresentar às comunidades de terreiros seus direitos e deveres perante a legislação. Participa periodicamente de palestras em diversos espaços, como universidades, escolas, faz oficinas e workshops com temas voltados à religião de matriz africana. Integra eventos da Secretaria Estadual de Educação como Encontro de Educadores Negros e Negras buscando trocar experiências com professores.
A entidade atua com suas equipes preparadas para atender as demandas dos terreiros com suas particularidades. São realizados toques, condução de festas, Oies, rituais de ronco, entre outros. O vice-presidente Ogan Robson afirma que o grupo está pronto para cuidar de instrumentos musicais utilizados nas religiões de matriz africana “Fazemos as reformas e construção de novos tambores, trocas de couros e afinação”, diz. Além disso, são realizados inúmeros encontros com o público de cada terreiro para o ensaio de músicas e danças de terreiro.
O presidente Ogan Carlinhos diz que uma ação bem relevante que foi acordada com os ogans foi a realização das reuniões periódicas dentro dos terreiros. “A ideia é realmente fortalecer a nossa atuação sempre em conjunto com as mães e pais de santo, buscamos sempre realizar as reuniões variando os locais, para que haja a interação em vários lugares”, diz.
Um dos projetos em andamento é a proposta de Limpeza dos Fundos de Vale, cuja negociação está sendo realizada com a Secretaria Municipal de Ambiente de Londrina.  O presidente afirma que esta ação é de fundamental importância “Esses espaços são utilizados por comunidades de terreiro. Faremos uma ação de conscientização para criar e fortalecer a consciência ecológica”, diz.
Outro projeto em andamento pela Associação é a realização de um curso de Iorubá em parceria com o Núcleo de Estudos Afro-asiáticos da Universidade de Londrina –UEL/NEAA. O curso será dividido em três módulos básico, intermediário e avançado e terá duração de dois anos e meio.  O curso será ministrado pelo nigeriano Adebayo Majaro da entidade Centro de Cultura Afro-Globo Fórum Cultural.
E as novidades não param
Além de realizar um trabalho voltado a discutir as ações das comunidades de terreiro e buscar sempre estarem próximos às mães e pais de santo da região. A Associação de Ogans tem um olhar direcionado à comunidade externa. Uma das ações é levar a questão da cultura afro-brasileira aos mais diversos espaços. As oficinas de ritmo, por exemplo, são voltadas a curiosos, estudantes e músicos profissionais. São cursos em nível básico, normal e avançado. O vice-presidente Ogan Robson destaca a importância de tornar os ritmos de terreiro mais conhecido “Desta forma desmistificamos vários tabus e contribuímos para que nossos costumes estejam cada vez mais comuns na sociedade, reduzindo situações de intolerância e desrespeito às membros da religião”, diz.
Nas questões culturais está sendo articulada ainda, uma parceria com o uma companhia voltada ao Teatro do Oprimido de Londrina. O vice-presidente Robson explica que a ideia surgiu a partir de todas as demandas que a Associação recebeu ao longo de sua atuação “Pensamos em criar realmente um espetáculo profissional que contemplasse as questões focadas na nossa religião e também fosse um atrativo para a sociedade externa conhecer os terreiros”, conta. Além do Teatro do Oprimido, a diretoria da Associação está fechando parceria com os grupos de dança para compor a obra.
Articulação com o poder público
A Associação de Ogans de Londrina e Região entende a importância de estar presente nos espaços políticos para garantia dos direitos da população de terreiro, bem como, para conquista de novos direitos. Desta forma, entende como relevante a inserção nos espaços políticos como, por exemplo, Conselhos Municipais, Estadual e em outras diversas áreas.  Ogan Robson destaca que não há inserção nesses espaços só para ter a Associação representada, o foco é saber que realmente é possível fazer uma contribuição relevante.
A entidade participa ainda de Fóruns de discussões com outros representantes da religião como FPRMA – Fórum Paranaense de Religiões de Matriz Africana e FPEDER e  Fórum Paranaense de Educação para a Diversidade Étnico Racial. E integra o Centro de Tradições afro-brasileira /CETRAB.  Com isso busca contribuir no debate e fortalecer ações conjuntas com essas entidades.
Serviço:
Assessora de Comunicação: jornalista Eli Antonelli
Contato: jornalistaeliantonelli@gmail.com (41) 9804-1639


sexta-feira, 28 de outubro de 2011

NOVEMBRO TEM OFICINA DE TOQUE DE TAMBOR NA VILA CULTURAL

O Instituto Cidadania e a Associação de Ogans promovem no mês da consciência negra a I  - Oficina de toque de Tambor de 2011. A oficina será ministrada pelo Tatacambono Alisson (Kiambulê).  A atividade é aberta para todos os públicos independente de conhecimento prévio sobre a arte. A metodologia utilizada conta com teoria e prática e muita interação entre os participantes.
As aulas ocorrem nos dias 05, 12,  19 e 26 de novembro. Mais informações 3324-8056 (Vila Cultural Brasil) e 9954-0245 (Kiambule – oficineiro)
Endereço Rua Uruguai, 1656 – Londrina /PR

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

OGANS PARTICIPAM DE APRESENTAÇÃO DE SAMBA DE RODA EM EVENTO DE CAPOEIRA

sábado, 8 de outubro de 2011

MESTRE CAFUNÉ DA BAHIA É O CONVIDADO ESPECIAL PARA O I SEMINÁRIO DE CAPOEIRA REGIONAL DE LONDRINA




Nos dias 21 e 22 de outubro ocorre o I Seminário de Capoeira Regional de Londrina. O evento promovido pelo grupo Quilombo com apoio do Núcleo de Estudos Afro-brasileiro- NEAA, Usina Cultural, Centro Social Marista, grupo Rua Dança a Cidade e Di Fiori Panificadora,  recebe como convidado especial o Mestre Cafuné  da Bahia, que falará para o público sobre sua trajetória na capoeira e sua vivência como discípulo do famoso mestre Bimba, referência na capoeira regional. 

Mestre Cafuné trabalha com Nenel na administração da Fundação Mestre Bimba e na Filhos de Bimba Escola de Capoeira, onde além de colaborar nas aulas, participa nas 5ª feiras da turma do Bimba e aos sábados nas rodas abertas da Fundação. Mestre Cafuné viaja atualmente para vários lugares levando seu conhecimento, energia e vivências da cultura afro-brasileira. O Mestre destaca sua expectativa na visita à cidade de Londrina “Minha alegria em poder repassar um pouco da minha vivência com meu Mestre Bimba e mostrar aos jovens meus exemplos na aprendizagem da capoeira”, diz  

A idéia de trazer o Mestre Cafuné surgiu em Bauru na Inauguração da Praça Mestre Bimba quando o professor Marcio Triachini, do grupo Quilombo, entrou em contato com o Mestre pela primeira vez “Ao conversar com ele e perceber o conhecimento transmitido em sua fala me ocorreu a ideia de chamá-lo para o evento o qual realizo todos os anos. Ele mostrou grande interesse em conhecer o trabalho e a cidade de Londrina. Será a 1 ª vez que algum descendente direto do Mestre Bimba estará na cidade para participar de um evento realizando palestra e participando de um batizado e troca de cordões”, destaca.

Mestre Bimba nasceu em 1899 e seus primeiros passos na capoeira ocorreram num período crítico em que a capoeira era proibida. Mestre Bimba incorporou na capoeira o Batuque, denominou “Luta Regional Baiana”, para driblar o fato da arte ser criminalizada desde o império. Em 1953 Getúlio Vargas assistiu uma apresentação de capoeira de Mestre Bimba e seus discípulos e disse que a arte deveria ser o esporte nacional, baixou um decreto que a tornou legal.  Mestre Cafuné destaca que a capoeira hoje é praticada em várias partes, inclusive na escola “É interessante ver esta busca do saber popular, a capoeira contribui na formação dos jovens, pois passa os conceitos de disciplina, atrai o jovem para o ensino, fortalece a autoestima e contribuiu na socialização e na inserção profissional”, diz

Mestre Bimba criou um método de ensino diferenciado Foi o criador da cerimônia de Batizado, que é a festa de iniciação do calouro ao mundo da capoeira. Ação que ocorrerá no dia 22 com cerca de 30 alunos do Centro Social Marista coordenado pelo professor Marcio. O professor destaca a importância da capoeira e qual é a sensação de participar de uma roda “No ritual você sente jogando, joga sentindo a, alegria da vida. Com esperança no canto, relembra o passado, um passado sofrido, de um povo movido pela esperança e amor. Aprende que liberdade não tem preço nem tem hora pra chegar. Mas que para se libertar é preciso um agir consciente e deve-se fazer consciente no agir e no pensar”, reflete.

O professor Marcio chama atenção para a apresentação dos jovens na sexta-feira “O público presente irá surpreender-se com os meninos, pois faremos uma apresentação que vai contar a história da capoeira na década de 1930 e 1950 com foco no Rio de janeiro”, diz. A apresentação é baseada na ópera do malandro, os jovens que compõem o grupo tem idade de 11 a 17 anos.
O evento é destinado a capoeiristas, apaixonados pela arte da capoeira e público em geral. Outro público específico esperado são professores que estejam atentos e engajados na legislação focada no ensino da cultura afro-brasileira, que trata a lei 10.639/2003.

Uma festa de integração cultural
Na sexta-feira haverá a apresentação do grupo RUA DANÇA A CIDADE, coordenada pelo educador Édio Elias Gonçalvez. O projeto é patrocinado pela Secretaria Municipal de Londrina trabalha a arte do hip hop.  O professor Marcio dá aulas para os jovens dois dias por semana e explica que o hip hop brasileiro tem forte influência da capoeira, por meio de sua movimentação “Na arte da dança é utilizado a questão do improviso, a movimentação de chão e fazemos um resgate histórico com os jovens”, conta. Os alunos já apresentaram em várias cidades inclusive no Festival Internacional ocorrido em Joinville.

Para fechar as atividades a  Associação de Ogãs, formada por adeptos da religião de matriz africana fará a festa com a realização de um tradicional samba de roda. O presidente da Associação Ogã Carlinhos afirma que a arte se integra a capoeira como forma de celebração de festa entre os capoeiristas “Normalmente ocorrem no término da roda onde as pessoas sambam no centro”, conta.  
Programação
 
Dia :21/10/2011
19h- Abertura (Apresentação Cultural)
19:15h- Palestra com Mestre Cafuné (Capoeira de BIMBA) - BA
20:15h- Apresentação Cultural
20h30 min - Ritual de roda da Capoeira
Local: Usina Cultural Av: Duque de Caxias, n 4159
Dia: 22/10/2011
14h- Batizado e Troca de cordões dos educandos do Centro Social Marista Ir. Acácio.
17h- Samba de Roda (Associação de Ogãs de Londrina)
Local: Rua Abílio Justiniano de Queiroz, 350 Conjunto João
Paz, Londrina – PR
Tel: (43) 3321-3635 (Prof. Márcio)
Apoio:  Associação de Ogas de Londrina, NEAA, USINA CULTURAL,
CENTRO SOCIAL MARISTA, Rua Dança a Cidade, Di Fiori Panificadora

 Assessoria de Imprensa:
Eli Antonelli
Associação de Ogãs de Londrina e Região
jornalista

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